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Em 2008, o bitcoin foi criado por Satoshi Nakamoto, um provável pseudônimo designado para proteger seu verdadeiro criador. O bitcoin tem em seu fundamento, ser uma criptomoeda independente e descentralizada, sem a figura de uma autoridade central com o poder de emitir e controlá-la. 

 

Os bitcoins são emitidos utilizando o processo chamado de mineração, de forma automatizada feito através do Blockchain. Para entender, atualmente, nas operações tradicionais de mercado para fazer uma transação existe a figura do intermediário confiável, papel ocupado pelos bancos quando fazemos transferências financeiras ou contratos e documentos de posse no caso de compra de imóveis para assegurar a operação. O Blockchain é utilizado pelo bitcoin como o intermediário confiável através de um enorme banco de dados com todas as transações de Bitcoin já realizadas, onde não é permitido alterar nada já validado. 

 

A mineração de forma simplista é realizada utilizando computadores avançados criando blocos na rede Blockchain e recebendo uma recompensa em bitcoin, todavia o bitcoin foi criado para ser emitido um total de 21 milhões de unidades e a cada 210 blocos emitidos a quantidade de bitcoins criada seria reduzida pela metade, o que é conhecido como Halving.

 

Em maio de 2020, ocorrerá o terceiro Halving do bitcoin. O gráfico a seguir auxilia, com dados históricos, o entendimento do impacto do Halving no valor da criptomoeda.

 

Preço e Halving do Bitcoin. Fonte: Reddit

Preço e Halving do Bitcoin, Fonte: Reddit.

 

O primeiro halving ocorreu em 28 de novembro de 2012, na data o bitcoin estava precificado em U$ 12,22. Após o halving o valor da criptomoeda atingiu seu topo em U$ 1.176, uma alta de 9.218% em 368 dias. Nesse Halving a produção do bitcoin caiu de 50 pra 25 novos bitcoins criados a cada dez minutos.

 

O segundo halving ocorreu em 09 de julho de 2016, onde o bitcoin era precificado em U$ 657,61 e atingindo o topo de U$ 19.800 uma alta de 2.938,57% em 525 dias. Nesse Halving a produção do bitcoin caiu de 25 pra 12,5 novos bitcoins criados a cada dez minutos.

 

No Twitter, um usuário conhecido como PlanB (@100trillionUSD) elaborou um estudo estatístico com base no impacto do Halving sobre a escassez do Bitcoin. A sua opinião é que o Bitcoin pode ser comparado a metais preciosos como diamantes, ouro e prata.

 

Esses metais utilizam a taxa de escassez, que é uma razão que calcula quantos anos o ritmo de emissão anual do ativo levaria para alcançar o estoque total já produzido. Quanto maior a razão, maior será a taxa de escassez do ativo e, portanto, seu preço tenderá a ser maior que ativos menos escassos.

 

PlanB destacou a ligação entre aumento de taxa de escassez e aumento de preços de metais preciosos e bitcoins. Seu estudo aponta que o Bitcoin irá se valorizar a cada redução em sua mineração, conforme destacado a seguir:

Bitcoin e número de blocos por mês. Fonte: PlanB

Bitcoin e número de blocos por mês, Fonte: PlanB

 

O gráfico pode ser compreendido da seguinte forma: se o preço estiver abaixo da linha preta o Bitcoin estará barato em relação ao seu real valor. Por outro lado, se o preço estiver acima da linha preta, o bitcoin estará muito valorizado.

 

Em resumo a valorização do bitcoin após esse evento é uma tendência, não uma garantia, uma vez que o tempo para atingir o topo do segundo halving (525 dias) foi deveras maior que no primeiro halving (368 dias) e o percentual de alta do topo do segundo halving, embora alto, foi inferior ao primeiro. O site bitcoinblockhalf.com monitora a contagem regressiva para o terceiro Halving, evento que ocorrerá no dia 13 de maio de 2020. Em 2019 a moeda apresentou uma valorização superior a 100% e na data de hoje (15/04/2020) o bitcoin apresenta um Market Cap de U$123 bilhões e um volume diário de movimentação de U$32 bilhões, conforme o site Coin Market Cap.

 

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